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Não deixe o samba sambar!

Postado por SECEC-RJ em 02/dez/2019 - Sem Comentários

Samba, o moleque que nasceu no morro, desceu o asfalto e tornou-se uma das maiores referências da nossa cultura. Nos quatro cantos do mundo, seja na ginga do sambista ou no suingue da musicalidade, ele é brasileiro sim, senhor, e conquista adeptos. Nasceu preto, pobre da favela e tomou o mundo sem hoje ter cor. E resiste, fortemente, a cada golpe que leva, mostrando que pode até agonizar, mas não vai morrer.

O samba é expressão de um povo e retrata com propriedade a alma alegre do brasileiro. Ele é mistura, é amor, é comportamento.

Roda de Samba raiz no Jardim Carioca, em Campos Foto: Antonio Cruz

É fonte onde bebem artistas, poetas, malandros. É eclético e democrático, sem perder a essência que o fez ganhar o mundo.

Salve o samba, o sambista, o artista. Salve o povo que bebe na fonte dos versos que eternizaram Cartola e Noel Rosa e consagraram o povo preto da favela. Bezerra da Silva, Almir Guineto são doutores – e por quê não – em verso, prosa e malandragem. São o samba, em sua mais pura forma.

Não deixem o samba morrer. Não deixem o samba sambar. Porque ele, nada mais é do que identidade de uma cultura popular.

Roda de Samba na Pedra do Sal, Rio de Janeiro Foto: Isabela Kassow

Salve Tia Ciata, mãe baiana e acolhedora, que deu abrigo aos poetas. Vem de lá, do Velho Estácio, o termo que reconhecidamente, nos eleva ao patamar de melhor espetáculo do mundo. Escola de Samba, somos sim, com orgulho e fidalguia. Fazemos como ninguém o que catedráticos talvez não consigam fazer: samba.

Pega daqui, junta de lá, e está formada a roda. No toque dos dedos da caixa de fósforo, na batida da palma da mão, tá ali, o samba. A gente não morre não. Porque cultura não falece, ela persiste e com esse menino teimoso, o show vai sempre continuar.

Dia Nacional do Samba é mais do que uma data no calendário. É afirmação, pura e simples, de que onde há arte, seja de que forma for, não existe fim.

Vamos curtir um sambinha? Nós fizemos uma playlist no Spotify para você curtir, ouvir alto, cantar junto, seguir, compartilhar e, claro, sambar muito. Escuta aí! Temos certeza que você vai adorar.

Carnaval 2020 | Investimentos podem mudar o panorama atual dos artesãos

Postado por SECEC-RJ em 28/ago/2019 - Sem Comentários

A maior festa popular do planeta movimenta dividendos da ordem dos bilhões para os cofres públicos, no entanto, a falta de investimento vem atingindo e comprometendo o orçamento de quem faz a festa acontecer.

Quatro dias de festa que movimentam a economia do Rio de Janeiro em setores como o turismo, hotelaria e serviços causando um impacto da ordem dos 6 bilhões de reais (dados da Riotur para o Carnaval 2019). Por trás deste espetáculo que encanta turistas de todas as partes do mundo e cuja transmissão vai para 142 países, a indústria do Carnaval agoniza, mas tenta tirar forças para não sucumbir à crise.

Com uma indústria que funciona 365 dias no ano e emprega milhares de funcionários temporários ou não, o Carnaval é geração de emprego e oportunidade em todo o Estado. Na Marquês de Sapucaí, palco principal dos eventos, o espetáculo de quatro dias é resultado do trabalho de uma cadeia produtiva que envolve artesãos de diversos municípios cariocas. Rio de Janeiro, Nilópolis, Caxias, Niterói e São Gonçalo representam suas comunidades com agremiações de grande porte e visibilidade, atraindo turistas a estas regiões. Já Campos, Cantagalo e Barra Mansa, despontam entre os grandes centros “fazedores” de Carnaval. Portanto, a crise e a falta de investimentos afetam a indústria como um todo, rompendo elos importantes dentro da cadeia.

Em meio à falta de investimentos, a economia criativa do Carnaval é a que mais sofre com as dificuldades que permeiam o setor. Artesãos da folia tiveram que adaptar-se à nova realidade do mercado e, com a diminuição da oferta de trabalho, a redução no orçamento é cada vez mais latente.

artesão trabalhando em alegoria para o carnaval
Créditos: Divulgação

Casos como o de Janice Custódio, bordadeira de Barra Mansa, são somente um dos exemplos de como a falta de investimento na festa pode prejudicar a renda familiar destes profissionais. Atuando no ramo há três décadas, Janice chegou a recrutar 70 bordadeiras por temporada para atender às demandas das escolas de samba. Em três anos, viu a oferta de trabalho e, consequentemente a renda e empregabilidade diminuírem em quase 70%.

“O Carnaval começa em agosto pra mim, e já cheguei a trabalhar com 70 bordadeiras neste período. Hoje, se tenho 30 na equipe é muito, primeiro porque não tem trabalho e, por conta da diminuição de escolas, muitas bordadeiras foram procurar outras coisas, outros meios. Se, há três anos atrás, eu conseguia tirar  R$60 mil em 6 meses de trabalho, hoje não consigo tirar 20 (mil), não só pela falta de trabalho, como também por conta dos produtos da China. O bordado é feito à mão, é artesanal, mas o tecido chinês vem substituindo o nosso trabalho”, comenta ela que atualmente compensa a queda do orçamento com faxinas.

Quem também lamenta a crise é o escultor Flávio Policarpo. Conhecido no Carnaval pela ousadia em levar figuras de grande porte aos carros alegóricos, Policarpo é mais um artesão que sofre com a falta de investimentos. Em trinta anos de folia, precisou expandir olhares a outros mercados para manter as oportunidades.

“Sou do tempo em que tínhamos 12 alegorias em cada escola e hoje temos 06 no Grupo Especial. Só aí a demanda já diminui. Cheguei a trabalhar em 05 escolas e hoje presto serviços para duas apenas, ou seja, uma equipe que contava com 18 assistentes, hoje opera com 04. O que mais vi nos últimos anos, foram profissionais que antes saíam da televisão e do teatro para o Carnaval, fazer o caminho inverso para não ficarem desempregados”, diz.

É preciso um novo olhar para a questão. Carnaval é investimento, geração de empregos e oportunidade de novos negócios para o Estado. 

Acadêmicos de Santa Cruz recebe a SECEC para discutir soluções do Carnaval dos grupos de acesso

Postado por SECEC-RJ em 14/ago/2019 - Sem Comentários

A quadra da Acadêmicos de Santa Cruz foi palco de encontro, na tarde desta quarta-feira, entre a equipe da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, liderada pelo Secretário Ruan Lira, com os Presidentes da Lierj, Wallace Palhares, da Liesb, Clayton Ferreira, além de representantes de agremiações carnavalescas do Rio de Janeiro, a fim de discutir soluções para o fortalecimento do carnaval dos grupos de acesso, não só na Marquês de Sapucaí, como também na Intendente Magalhães.

Acadêmicos de Santa Cruz recebe Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa para discutir soluções do Carnaval dos grupos de acesso – Fred Pontes / SECEC Divulgação

O presidente da Lierj, Wallace Palhares, agradeceu a abertura que a Secretaria tem dado ao carnaval, sobretudo à parceria com a Série A, destacando a importância deste apoio para o fortalecimento da nossa principal manifestação cultural.

Também o presidente da Liesb, Clayton Ferreira, parabenizou o Secretário Ruan Lira pela visão em fazer com que o Carnaval volte a ser uma das principais fontes de renda do estado e aproveitou para presenteá-lo com uma camisa da liga que organiza os desfiles da Intendente Magalhães.

Secretário Ruan Lira fala sobre o comprometimento da Secretaria com o carnaval – Fred Pontes / SECEC Divulgação

O Secretário Ruan Lira destacou a importância do carnaval, não só para a cultura, mas para a geração de emprego e renda para todo o estado. A Secretaria já havia recebido a direção da Lierj e da Liesb, na busca por soluções para a melhoria do carnaval como um todo.